O investimento no exterior é algo que vem ganhando muito espaço nos portfólios dos brasileiros e não é em vão. O Brasil é um país em desenvolvimento e carrega um maior risco frente aos investimentos em nações mais desenvolvidas, causando uma maior procura dos brasileiros por investimentos internacionais.
Investir somente no Brasil traz um risco indevido no seu portfólio de investimentos além de perder imensas oportunidades ao redor do mundo.
Colocando em perspectiva, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil compreende cerca de 3% do PIB mundial e vem diminuindo sua relevância ao longo dos últimos 30 anos.
Ignorar o resto do mundo parece ser irracional, não é mesmo?
Antes de entender quais oportunidades são mais claras e seguras para investir, vamos entender o racional por trás de aumentar o seu leque de investimentos.
Uma das razões na qual fundamentamos o nosso investimento é a diversificação de ativos.
A diversificação é uma tática que consiste em investir em diferentes tipos de investimentos e em diferentes localidades. Por exemplo, se você investir em ações americanas e ao mesmo tempo investir em títulos públicos brasileiros você já possui uma diversificação de ativos.
Ultimamente o mercado brasileiro vem se desenvolvendo bastante a ponto de fornecer inúmeras alternativas de investimento. E uma delas é o investimento no exterior.
Se expor ao mercado internacional promove a tão procurada diversificação, podendo diminuir o risco da sua carteira de investimentos e gerar retornos mais consistentes no longo prazo.
Afinal, quem não quer ter maiores retornos com um menor risco embutido?
Ao investir no mercado de um país você deve olhar vários fatores, como segurança nas instituições, tecnologia e inovação.
Quando você pensa nesses elementos um dos países que vem à tona é os Estados Unidos. Vamos entender o porquê?
A constituição americana é a mais antiga do mundo, constituída em 1787. Trouxe como grande inovação a separação entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e aplicando o presidencialismo como sistema de governo.
A aplicação desse sistema político vem do próprio discernimento da população colonial em desenhar um sistema política que gerasse liberdade de expressão, trabalho, construção e propriedade privada.
Vemos claramente que a constituição americana foi arquitetada para o desenvolvimento da liberdade e tecnologia.
O economista Daron Acemoglu, em seu livro “Por que as Nações fracassam”, identificou que a diferença entre os países desenvolvidos e os outros é a segurança e força das instituições.
Um dos diferenciais competitivos das nações vem da capacidade tecnológica dela. Uma ferramenta indispensável nas conquistas humanas. Vimos durante a história diversos exemplos de ruptura tecnológica que beneficiaram os países que desenvolviam tais tecnologias.
Podemos enumerar várias como: Portugal no século XV e XVI e sua tecnologia marítima inovadora que as caravelas traziam para a navegação extra costeira; Inglaterra no século XVII e seu pioneirismo com as máquinas a vapor, caracterizando o início da revolução industrial.
Em ambos os casos descritos forneceram às nações supracitadas um crescimento econômico e consequentemente tornando uma potência em suas respectivas épocas.
Hoje a tecnologia é ditada pela revolução informacional, com a era dos eletrônicos e aplicativos que fornecem uma base de dados enorme, gerando insights sobre o comportamento humano nas mais diversas que são capazes de aumentar a eficiência em diferentes campos da economia.
E os Estados Unidos estão na frente dessa revolução. Empresas como Amazon, Apple, Facebook e Google são o exemplo de que os EUA estão bem mais posicionados que o resto do mundo quando se trata do campo tecnológico.
Nesse quesito de desenvolvimento tecnológico, a China possuí diversas empresas que estão bem direcionadas e que chama a nossa atenção para o que seria a 2ª potência mundial hoje.
“History doesn't repeat itself but it often rhymes”
Mark Twain (escritor americano)
Por essas razões o Brasil em comparação com os Estados Unidos é um país mais instável, com instituições fracas, segurança jurídica indesejável e sucessivos erros de política econômica que trouxeram diversas crises nos últimos anos, como por exemplo: O impeachment da presidenta Dilma Roussef; A hiperinflação experimentada pelo Brasil após a ditadura militar etc.
Se pegarmos a economia americana como base, temos uma história totalmente diferente. Consolidada como a maior potência do mundo há anos, a economia americana se apresenta como uma ótima alternativa para se ter no portfólio.
Se analisarmos a principal bolsa americana nos últimos 34 anos (texto escrito em 29/09/2021), ela gerou um retorno de 1700% em dólares como apresentado o gráfico abaixo.
Se você tivesse investido 100 mil dólares no índice S&P500 a 35 anos atrás você teria acumulado quase 2 milhões de dólares. Muito bom, mas por que o preço das ações se valorizaram?
Resumidamente, o que move o preço das ações são o crescimento dos lucros das companhias. As companhias americanas estão com presença global e direcionadas para surfar a onda da tecnologia da informação. Então a probabilidade delas aumentarem os lucros nos próximos anos é alta, ou seja, o preço das ações podem subir ainda mais.
Na parte de renda variável da carteira a exposição em ações americanas parece ser algo interessante e que ao longo da história não se provou o contrário.
Além da parte de ações a diversificação em moeda e ouro é algo aconselhável. Ficar exposto somente no Real brasileiro pode ser algo perturbador tanto pela volatilidade que ela gera no portfólio quanto para possíveis desvalorizações.
Se analisarmos ouro e dólar como proteções ao longo da história elas também se valorizaram.
No gráfico abaixo podemos enxergar a valorização de 461% do ouro em 36 anos (texto escrito em 29/09/2021).
No gráfico abaixo podemos enxergar a valorização de 411% do dólar em relação ao real em 24 anos (texto escrito em 29/09/2021).
Acreditamos que a simbiose entre investir em diferentes mercados acionários conjuntamente com diferentes proteções eleva a performance dos seus investimentos no longo prazo.
Vamos para um exemplo de como uma diversificação bem-feita pode gerar benefícios financeiros e emocionais. O período em questão vai ser entre 2014 e 2018. Nesse período tivemos dois eventos que afetaram a economia e as ações brasileiras:
Entre 2014 e 2016 em meio a tantos problemas domésticos, o preço das ações brasileiras estavam caindo quase 40%. Caso você estivesse 100% investido nas ações domésticas, esse cenário não seria tão confortável. Ver o seu patrimônio diminuindo não é uma sensação muito boa. Em contrapartida, no mesmo período, o preço das ações americanas convertidas em R$ estavam dobrando de valor.
No gráfico abaixo podemos acompanhar um portfólio com metade do capital investido nas ações americanas e a outra metade nas ações brasileiras. Veja que essa diversificação seguraria a queda das ações brasileiras e ainda geraria retorno positivo em todo o período por causa da valorização das ações americanas.
Veja como a diversificação geográfica pode trazer segurança, tranquilidade e oportunidades para aproveitar o momento de baixa das ações brasileiras, podendo eventualmente comprar a preços menores, aumentando o seu retorno potencial no futuro.
Investir corretamente no exterior é imprescindível para o investidor ter mais tranquilidade e melhores retornos. Nossa equipe de analistas constrói carteiras com exposição no exterior e de maneira rápida e prática para você poder investir nas melhores empresas do mundo e nas melhores táticas de proteção.
Não precisa abrir outra conta no exterior, se preocupar em conversão de moeda e o melhor acompanhamos tudo diariamente para você.
Entre em contato com a nossa equipe para ouvir mais sobre ações específicas que você pode tomar hoje para os seus investimentos.
Sobre o Autor:
Alfredo Vidiri
Sócio-fundador da Sapiens Consultoria de Investimentos
Analista e Consultor de Valores Mobiliários CVM
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