Glossário Sapiens
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As ações ordinárias são as que comandam a assembleia de acionistas de uma empresa, dando direito ao voto ao titular da ação. Elas são facilmente identificadas pelo final 3 no ticker da ação (ex: VALE3) Os acionistas ordinários podem eleger e destituir os membros da diretoria e do Conselho Fiscal da companhia; decidir sobre a destinação dos lucros; alterar o estatuto social; autorizar a emissão de debêntures e aumentos de capital social e entre outros. Cada ação ordinária equivale a um voto e quanto mais ações possuir, mais poder de voto terá o titular. Pode ser um uma pessoa física, uma empresa ou até um grupo. Ao analisarmos uma ação, é inevitável olhar os detentores do poder decisório. Empresas com ações ordinárias concentradas em uma quantidade reduzida de investidores podem apresentar dificuldade de negociação de suas ações no mercado por falta de liquidez, determinada pelas ações livremente negociadas em bolsa, conhecido como free float. Outro ponto é, em caso de falência da empresa, os acionistas ordinários são os últimos na ordem de preferência de recebimento, antes deles estão os credores (aqueles que emprestaram dinheiro para a empresa falida) e acionistas preferenciais. As ações preferenciais, em regra, não dão direito a voto (há exceções), porém conferem algumas preferências, como: • Prioridade no recebimento de dividendos, geralmente um percentual maior que o valor das ações ordinárias; • Prioridade no reembolso do capital em caso de dissolução da companhia. Para o acionista preferencial, o lucro e os dividendos distribuídos são mais importantes que o controle da empresa. Por fim, as Units são ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários, como uma ação ordinária e mais de uma ação preferencial, ou uma ação ordinária e um bônus de subscrição, por exemplo. O titular de um Unit possui direitos sobre todos os títulos que compõe o ativo. Exemplos de Tickers: • LREN3 - Ordinária • ITSA4 - Preferencial • BRKM5 - Preferencial • BPAC11 - Unit
Operar vendido é a venda de títulos não possuídos pelo investidor. Desse modo, um investidor pode operar uma ação que ele não a detém. Nessa operação temos dois investidores. O doador (aquele que possuí a ação e pode emprestar em troca de um rendimento por isso; O tomador (aquele que aluga as ações do doador). Uma vez alugada, o tomador poderá vender esta ação e receber o recurso da venda. O fim da operação ocorre no momento em que o tomador recompra a ação e a devolve para o doador. O resultado é dado pela diferença de preço da ação a vista (no momento da venda) e o seu preço ao final do prazo de empréstimo (geralmente 1 mês). No caso da desvalorização da ação, o tomador apura um lucro na operação. Em sentindo oposto, caso a ação se valorize neste período, o tomador sofre prejuízo. Exemplo: Ao alugar um lote de ações (100 unidades) por R$ 5,00 cada, o investidor vende a mercado e recebe R$ 500,00. Após um mês a mesma ação está cotada a R$ 4,50, então ele a compra por R$ 450,00. Ao final da operação ele apurou um lucro bruto de R$ 50,00. A taxa de aluguel varia e é estabelecido pelo doador e é geralmente atrelado ao valor total do ativo. Sempre ao realizar essa operação, o investidor deve olhar os custos operacionais (taxa de corretagem, taxa de empréstimo da ação) e a margem de garantia exigida pela corretora. Elevados custos podem inviabilizar a operação. Se temos um montante muito grande de contratos de aluguel de um determinado ativo, ele pode sofrer uma pressão negativa em suas ações.
Os profissionais de investimentos devem oferecer produtos adequados ao perfil de risco e objetivos de investimento de cada investidor. A instrução Normativa 539 da CVM estabelece que todos os integrantes do sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários devem, obrigatoriamente, verificar a adequação dos produtos ofertados ao perfil do cliente. O procedimento deve ser suficiente para verificar se: I. o produto, serviço ou operação é adequado aos objetivos de investimento do cliente II. a situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou operação; e III. o cliente possui conhecimento necessário para compreender os riscos relacionados ao produto, serviço ou operação. A instituição deve analisar, no mínimo: I. o período em que o cliente deseja manter o investimento; II. as preferências declaradas do cliente quanto à assunção de riscos; e III. as finalidades do investimento. Para definir a tolerância a riscos, é preciso analisar, no mínimo: I. o valor das receitas regulares declaradas pelo cliente; II. o valor e os ativos que compõem o patrimônio do cliente; e III. a necessidade futura de recursos declarada pelo cliente. Quanto à finalidade do investimento, a instituição ou intermediário deve analisar: I. os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o cliente tem familiaridade; II. a natureza, o volume e a frequência das operações já realizadas pelo cliente no mercado de valores mobiliários, bem como o período em que tais operações foram realizadas; e III. a formação acadêmica e a experiência profissional do cliente.
As premissas básicas da análise fundamentalista são o compilado de informações econômicas e financeiras que permitem formar projeções de performance. Podemos desmembrar a análise em: • Avaliação da posição econômico-financeira da empresa (via balanço contábil) • Projeção de Resultados futuros (via expectativas) • Calcular o valor justo da empresa Temos duas óticas para calcular o valor justo de uma ação. O primeiro é a análise top down (“de cima para baixo”) e bottom up (“de baixo para cima”). No método top down a avaliação tem como base o cenário econômico, devendo o valor de uma ação refletir o ambiente no qual ela está inserida. Projetando o crescimento do PIB, inflação e juros se constrói diversos cenários como pessimista, base e otimista. Determinados a partir do cenário, o direcionamento inclui os setores que aderem melhor ao cenário mais provável e as empresas dos setores escolhidos que aderem melhor a política de investimento e parâmetro do investidor. Há diversos parâmetros de escolha, seja ela uma empresa mais sólida, uma empresa em ascensão, uma distribuidora de dividendos, uma empresa em reconstrução, etc. No método bottom up a análise da ação é desenvolvida de baixo para cima. Ou seja, ela foca primordialmente nos fundamentos da empresa, como: desempenho histórico e expectativas de crescimento e resultados. Em seguida analisa o setor e o ambiente econômico. Vale mencionar com os métodos não são excludentes e sim complementares. Aqui na Sapiens, nossas recomendações são sempre suportadas por fundamentos. Isso mitiga o risco e dá mais confiança para os investidores.
B
O benchmark é uma medida que referencia o desempenho de um fundo de investimento. Ele fornece um ponto de referência para a performance deste. Isso por que o retorno absoluto de um fundo não é uma referência completa de análise do fundo. Para isso, temos que observar o retorno relativo, ou seja, o quanto ele rendeu em comparação ao seu benchmark. Por exemplo, os fundos de ações costumam indicar como benchmarks o índice da Bolsa (Ibovespa). Os fundos imobiliários costumam indicar como benchmarks o índice dos fundos imobiliários (IFIX). Os fundos de renda fixa costumam indicar como benchmarks o índice de renda fixa (CDI). Se um fundo de ações rendeu 20% no ano e o Ibovespa rendeu 25% isso quer dizer que o fundo teve um desempenho relativamente pior que o índice referência. Se isso ocorre com frequência pode ser um sinal de alerta que a gestão do fundo vem entregando menos do que deveria.
O lançamento de ações no mercado pode ocorrer também na oferta de um lote de ações possuídas por um acionista (ou grupo de acionista). Essa modalidade de oferta pública constitui-se em uma distribuição secundária de ações, conhecida por block trade. Não resulta na entrada de recursos para a empresa, restringindo-se os resultados financeiros da operação para os investidores. Normalmente ela é utilizada em processo de transferência de controle acionário no mercado, em que um grupo controlador de uma sociedade coloca à venda as ações detidas, portanto fora da negociação normal do mercado. Ela é intermediada pela corretora fora do home broker, onde o corretor procura por investidores capazes de compra o lote posto à venda.
A bonificação é um direito do acionista em receber ações, proporcionais aos títulos possuídos, em decorrência do aumento de capital de uma empresa mediante incorporação de reservas. Ela por si só não promove qualquer alteração do valor de mercado, da participação acionária, da estrutura econômica e financeira da empresa.
O bookbuilding constitui-se em um processo de consulta ao mercado, realizado geralmente pela emissora do título, com intuito de conhecer as expectativas de mercado dos investidores sobre aquele título. Para o emissor do título, esse processo viabiliza a captação da melhor forma possível. Conhecendo o perfil de demanda e expectativas de ganhos dos investidores, o emitente direciona melhor a colocação de seus títulos. O bookbuilding pode ser feito para ações, debêntures, cotas de fundos de investimento. É normalmente feito via internet, integrando as instituições financeiras com a emitente.
C
Os CDIs são títulos que lastreiam operações realizadas entre os bancos no mercado financeiro. São emitidos por instituições financeiras e têm por função básica viabilizar a transferência de recursos entre os participantes do mercado interfinanceiro. As operações com CDI são, geralmente, diárias. Essas operações diárias são conhecidas como Depósitos Interfinanceiros (DI), e funcionam como uma taxa de referência diária, o DI over. O DI over é expresso em bases anuais de 252 dias úteis e são capitalizadas diariamente. Todos os títulos privados são remunerados pelo CDI que é altamente correlacionado com a taxa SELIC.
Os CDBs e RDBs são títulos de renda fixa, representativos de depósitos a prazo realizados por pessoas físicas e jurídicas, e emitidos pelos Bancos. Os recursos captados pela colocação desses títulos são destinados principalmente para lastrear operações de financiamento de capital de giro. A remuneração pode ser feita em taxa pré-fixada, pós-fixada, taxa flutuante (atrelada há algum índice, como CDI, IPCA). Um exemplo: Um banco anuncia pagar 5% ao ano para aplicação em CDB de sua emissão. Desse modo ele conseguiu captar R$ 200 milhões. A partir disso ele consegue emprestar para diversas empresas que necessitam de recursos rápidos como manutenção da folha salarial, pagamento de tributos, fornecedores, entre outros. Normalmente o banco empresta a uma taxa superior a taxa que ele captou. Nesse exemplo seria maior do que 5% ao ano. A diferença entre a taxa em que o banco paga no CDB e a taxa que ele empresta é chamada de spread bancário. O investidor de CDB/RDB não é isento de imposto. A incidência do imposto depende do prazo no qual o investimento ficou investido, e o imposto é sobre o rendimento e não sobre o total.
As corretoras são instituições que efetuam com exclusividade a intermediação financeira entre os investidores e os captadores. Seja ele no mercado de ações, fundos imobiliários, crédito privado, tesouro público e entre outros. Elas são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central. A corretora é a ponte para que as pessoas realizem os investimentos. É como se fosse uma conta bancária, mas com um único intuito, investir. As corretoras podem: • Promover ou participar de lançamentos públicos de ações • Administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários • Organizar e administrar fundos e clubes de investimentos • Efetuar s operações de ativos financeiros em geral, incluindo commodities (metais preciosos). • Prestar serviços de assessoria técnica Ao investir em um fundo por exemplo, o seu dinheiro fica com o custodiante. O custodiante tem a função de “guardar” os títulos e valores depositados. Essencialmente o custodiante é uma instituição financeira regulada pelo Banco Central. Caso a corretora vá a falência dinheiro dos investidores não é perdido. Ele estará sobre a guarda do custodiante. Neste caso, para o investidor reaver seus títulos, é necessário realizar a portabilidade para outra corretora. A Sapiens possui corpo técnico para te auxiliar nesse processo de portabilidade. Caso as instituições que custodiam os seus investimentos fechem, você recebe de volta até R$250 mil por CPF em cada instituição, em um limite total de R$1 milhão, relativo ao período de 4 anos.
D
Debêntures são títulos de dívida de longo prazo emitidos por sociedades por ações (S.A.) e destinados ao financiamento de projetos de investimentos das empresas. Constitui-se, em essência, num instrumento no qual a empresa emitente promete pagar ao investidor (debenturista) o capital investido com o acréscimo de juros. É um título privado de renda fixa, onde possuí diversas garantias. Os tipos mais comuns são: Garantia Real: Até 80% de todos os ativos da emissora estão dados como garantia. A empresa não pode negociá-las. Garantia Flutuante: O debenturista possui prioridade nos ativos da sociedade emissora, porém ela não tem restrição em negociá-los. Garantia Quirografária: O debenturista não tem preferência sobre os ativos da sociedade em caso de liquidação desta. Garantia Subordinada: Em caso de liquidação da sociedade emissora. Os debenturistas terão prioridade apenas em relação aos acionistas da sociedade emissora. A remuneração das debêntures pode ser pré-fixada (ex. 7% a.a.), pós-fixada (ex. 105% do CDI), ou misto (ex. CDI+3% a.a.).
O split é a emissão de novas ações em razão de representação do capital social em um número maior de ações. Nessa operação, cada ação antiga é dividida em uma ou mais ações novas, sem apresentar nenhuma interferência no capital social da companhia. As ações desdobradas são distribuídas aos atuais acionistas na proporção de cada ação possuída, não alterando a participação acionária. Por exemplo, uma ação cotada a R$ 200,00 teve um desdobramento de suas ações em 1 para 10. Agora ela será cotada a R$ 20,00. O objetivo da empresa em realizar o split é para prover mais liquidez ao ativo, aproximando seu preço de mercado à cotação média da bolsa. O inplit constitui-se no caminho inverso ao split. Nessa operação a empresa agrupa as ações sem apresentar nenhuma interferência financeira. Ou seja, uma ação cotada a R$ 0,80 teve um grupamento de suas ações em 10 para 1. Agora ela será cotada a R$ 8,00. O objetivo do inplit é dar mais atratividade nas ações, pois um preço muito baixo por unidade pode gerar oscilações percentuais altas. R$ 0,10 de oscilação em uma ação de R$ 10,00 corresponde a uma variação de 1%, já em uma ação de R$ 1,00, corresponde a uma variação de 10%.
Por meio de um aumento de capital a empresa emite e oferece para subscrição novas ações aos investidores, dando preferência de compra aos atuais acionistas por um determinado período e preço preestabelecido na proporção das ações possuídas. A aquisição no direito a preferência é efetuada pelo preço definido de subscrição que geralmente é inferior ao valor de marcado. Se o acionista optar por não exercer seu direito de subscrição, poderá negocia-lo no pregão da Bolsa mediante “bônus de subscrição”. Normalmente os recursos dos pagamentos efetuados pelos acionistas à empresa emitente das novas ações são direcionados ao caixa com objetivo de financiar novos projetos de expansão ou reforço de capital de giro.
As empresas listadas em bolsa podem gerar dois tipos de rendimentos aos seus investidores: dividendos e valorização de seu preço de mercado. Os dividendos representam distribuição de lucros gerados pela empresa aos seus acionistas. A decisão de uma política de dividendos recorre basicamente ao lucro líquido da empresa, onde o conselho opta por retê-lo, visando ao reinvestimento em sua própria atividade; distribuí-lo, sob a forma de dividendos em dinheiro aos acionistas. Todos os acionistas (ordinários e preferenciais) têm o direito de receber dividendos em cada exercício. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, as empresas são obrigadas a distribuir 25% dos lucros.
F
Empresas de capital aberto (listadas em Bolsa de Valores) podem optar pelo fechamento de capital, no qual suas ações param de ser negociadas na Bolsa de Valores. Para o fechamento ocorrer é necessário que no mínimo 2/3 dos acionistas com direito a voto aprovem a operação. Há diversas razões para essa escolha. Dentre elas, estão: o menor volume de informações que deve publicar como uma empresa fechada, falta de liquidez do mercado acionário, relacionamento desgastado entre os acionistas, custos elevados mediante manutenção do status de Cia. Aberta. O fechamento de capital deve ser realizado via Oferta Pública de Aquisição do total das ações no mercado, pela empresa ou por seus acionistas controladores, a um preço justo.
O FGC foi constituído na forma de uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, composta pelas instituições financeiras e associações de poupança e empréstimos participantes do Sistema Financeiro Nacional. Seu objetivo principal é o de oferecer maior garantia aos investidores com recursos investidos nas instituições. O valor máximo de garantia é de R$ 1.000.000,00 para cada CPF e R$ 250.000,00 de investimento em cada instituição financeira de diferentes conglomerados. O fundo garante depósitos a vista, depósitos a prazo, poupança, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio (LCA) e entre outro. Um exemplo atual da atuação do FGC foi no evento de liquidação extrajudicial da DACASA FINANCEIRA S.A.
O fundo de investimento é um conjunto de recursos monetários, formado por depósitos de grande número de investidores (cotistas), que se destinam à aplicação coletiva em carteira de títulos e valores mobiliários. Os cotistas são os investidores do Fundo. Esses investidores negociam cotas que representam parcelas do patrimônio líquido do fundo e as cotas geralmente são resgatáveis a qualquer momento. Ele é um interessante mecanismo de investimento para pessoas que quererem participar do mercado de capitais, oferecendo benefícios da concentração de recursos. Ou seja, com um maior volume o fundo consegue acessar produtos restritos e a taxas mais atrativas. Há diversos tipos de fundo, são divididos entre Fundos de Renda Fixa, Fundos Multimercado, Fundos de Ações, Fundos Cambiais, Fundos de Ouro, Fundos de Dívida Externa, entre outros. Os tipos de fundos são abordados com mais dados em outras postagens. Uma das comodidades do fundo é que ele é gerido por um gestor qualificado. Como a gestão é conduzida de forma profissional, o investidor não precisa dominar as técnicas de análise sofisticadas e manter um grande fluxo de informações relativas ao mercado de capitais. Todo o fundo é regido por um Regulamento, que estabelece as regras básicas de seu funcionamento e outras informações relevantes, como tipos de ativos que comporão a carteira, limites máximos e mínimos de cada um dos ativos, estratégias de investimento selecionadas, gestão de risco, entre outros. O funcionamento e regulamento dos Fundos dependem de prévia aprovação da CVM, que supervisiona também todo o seu funcionamento. Para o fundo funcionar ele deve ter dois componentes credenciados a CVM, que são: • Administrador do fundo, geralmente uma instituição financeira, onde executa as atividades operacionais e legais do fundo. • Gestor, que tem a responsabilidade de selecionar os ativos que irão compor a carteira do fundo. Geralmente os fundos de investimento cobram da seguinte maneira: • Taxa de administração • Taxa de performance Os fundos de investimento possuem liquidez para resgate. Este período de resgate varia de fundo para fundo e entre estratégias. Por exemplo, nos fundos de ações é comum que a liquidação de resgate aconteça em 30 dias, já em um fundo de renda fixa simples a liquidação do resgate acontece no mesmo dia. Qualquer alteração de direcionamento da estratégia do fundo é abarcada na Assembleias Geral dos cotistas. A Assembleia delibera sobre política de investimento, prestação de contas do Administrador, alterações no regulamento do Fundo, contratação do Administrador, liquidação do fundo, etc. Os dados dos fundos, como patrimônio líquido, valor da cota e número de cotistas são disponibilizados diariamente. Com maior transparência nos resultados e da profissionalização da gestão, os fundos acabam sendo um veículo eficiente, cabendo ao investidor escolher gestores de confiança e com estratégias adequadas aos seus objetivos e perfil de risco. Aqui na Sapiens, os fundos recomendados passam por uma análise profunda do histórico do fundo, da equipe da gestora. Os fundos aprovados são monitorados pela equipe além de entrar em contato com as gestoras para alinhar as expectativas.
I
A inflação é um fenômeno econômico e pode ser entendida como uma variação (aumento) contínuo dos preços gerais da economia durante um tempo compreendido. Cada nação mede sua inflação através de um índice geral de preços que acompanha um grupo/cesta de bens e serviços selecionados. Nesse caso a taxa de inflação é reconhecida como o percentual médio de aumento dos preços dessa cesta selecionada, apuradas mensalmente. No Brasil temos diversos índices de inflação. Os principais são: IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços do Mercado), IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado). A inflação é um índice muito utilizado para entender a atividade econômica. Quanto mais atividade mais inflação. Porém podemos ter anomalias que causam elevada inflação, sendo dever do Banco Central manter a estabilidade desta. Numa visão clássica, a inflação pode ser causada pelo lado dos custos e da demanda. A inflação de custos é causada pelo aumento das taxas de juros, salários, câmbio, preço do petróleo. Já a inflação da demanda é determinada pelo aumento da moeda em circulação. Atualmente o maior medo das economias é a deflação, que é o movimento contrário da inflação, ou seja, os preços diminuem. Com a deflação a economia tem menos atividade e menos crescimento, aumentando, principalmente, as dívidas relativas no longo prazo, podendo acarretar em inadimplência de diversos agentes e maior desemprego.
O insider trading é a negociação de títulos e valores mobiliários no mercado e capitais, fundamentada em informações que não são de conhecimento público, visando obter ganhos financeiros. Tenha como exemplo um funcionário do setor de varejo que tenha acesso à negociação ainda sigilosa de aquisição da empresa onde trabalha (empresa A) por outra empresa de grande renome (empresa B). É esperado que as ações da empresa A se valorizem substancialmente no momento em que esta notícia for a público. Sendo assim, caso o funcionário compre ações da empresa A para se beneficiar do movimento positivo, estará incorrendo em insider trading.
J
Uma outra forma de remuneração aos acionistas no Brasil é o juro sobre capital próprio (JCP) pago pelas companhias com bases em suas reservas patrimoniais, ou seja, o Patrimônio Líquido. O pagamento dos juros sobre capital próprio traz certos privilégios fiscais: por meio deste instrumento as empresas podem deduzir de seu lucro real (lucro tributável) os valores desembolsados no pagamento dos juros a seus acionistas a títulos de remuneração do capital, promovendo uma economia no Imposto de Renda. Para seu cálculo, segundo a legislação vigente, é utilizada a taxa de juros de longo prazo (TJLP) sobre o patrimônio líquido da empresa, não podendo exceder a 50% entre o maior dos seguintes valores: • Lucro líquido antes do imposto de renda • Lucros acumulados de exercícios anteriores e registrados em reservas patrimoniais da empresa.
M
A marcação a mercado tem por objetivo revelar o efetivo valor econômico dos ativos e passivos no momento atual. A variação do valor de mercado, determinado pela marcação, aponta a valorização (ou desvalorização) do ativo no mercado. Um exemplo simples de marcação a mercado são os Títulos Públicos pré-fixados (as LTN). Estes títulos possuem uma taxa pré-fixada contratada no momento da compra do título que será a remuneração recebida caso segure o título até o vencimento. Contudo, até o vencimento, o valor do título (preço unitário ou P.U.) poderá variar, sendo que este P.U. é marcado diariamente. Portanto, apesar da rentabilidade ser pré-fixada, o preço do título poderá variar, fazendo com que a renda fixa não seja tão fixa assim. Caso o investidor queria vender seu título antes do vencimento ele será atualizado via marcação a mercado.
O
O mercado de ouro no Brasil, assim como em outras economias no mundo, tem suas cotações baseadas nos preços internacionais do metal. As principais variáveis que afetam o preço do ouro no Brasil são: • Comportamento das taxas de juros internas • Paridade Cambial da Moeda Nacional com o dólar • Risco país O ouro é muito demando durante crises estruturais, sendo utilizado com proteção (hedge). Nestes momentos de turbulência, o ouro torna-se uma “reserva de valor”.
Uma oferta hostil se verifica quando um investidor decide comprar o controle acionário de uma empresa mediante oferta pública de aquisição. Ela se caracteriza pela ausência de qualquer consulta ou contato prévio dos controladores com o conselho de administração, realizando-se independentemente de sua vontade, e se verifica geralmente em companhias com capital pulverizado, ou seja, sem acionista controlador.
A oferta pública com esforços restritos é uma modalidade bastante usual pelas empresas ao emitirem ações ou captar recursos via emissão de dívida. Ela possui diversas regras específicas, como: • A restrição de investidores em geral, cabendo a entrada somente de investidores qualificados (pessoas físicas ou jurídicas com investimento superior a R$ 1 milhão); • A participação de investidores na oferta fica limitada a apenas 50 investidores qualificados; • Apenas 75 investidores podem participar do road show; Este mecanismo dispensa a divulgação de prospecto e limita o road show para poucos participantes, reduzindo o custo operacional e viabilizando a captação da ofertante.
Os investidores podem realizar a oferta pública de aquisição de Ações com o objetivo de adquirirem certa quantidade de papeis, a um preço pré-estabelecido. Na legislação societária atual são previstos alguns casos em que a oferta pública de compra de ações é obrigatória citando, entre outros, a opção da empresa em fechar seu capital ou até a mudança de controle acionário. A liquidação financeira de uma operação OPA é efetuada geralmente através de dinheiro ou de títulos de valores mobiliários. Ela é intermediada por uma instituição financeira do mercado de capitais e deve aderir as ordens expelidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
A oferta pública inicial de ações é um mecanismo no qual a empresa busca sua abertura de capital. Ao abrir seu capital via IPO, a sociedade terá parte de suas ações negociadas no mercado de Bolsa de Valores. Este mecanismo promove a venda de parte das ações de uma empresa para terceiros no mercado primário e todo o valor recebido pela venda entra para o caixa da companhia para financiar possíveis operações futuras de expansão. No processo de colocação das ações junto ao público, a companhia realiza um road show, apresentando a empresa para possíveis investidores. A abertura de capital é justificada principalmente pela necessidade da empresa em levantar recursos visando financiar novos projetos de investimento e assim promover crescimento e modernização de suas operações.
P
O índice payout mede a porcentagem do lucro líquido a ser distribuído aos acionistas de uma empresa, via dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), ou seja: PAYOUT=((Dividendos distribuidos+JCP))/(Lucro Líquidos do Exercício) Quanto maior se apresentar esse indicador de pagamentos de dividendos, menor será a retenção de lucros para a sua atividade. Quanto menor for o payout maior a retenção de lucro para utilizar nas operações da companhia. Assim, podemos diferenciar as empresas em: As que pagam maiores dividendos, normalmente empresas mais maduras e em setores estáveis. As que pagam menores dividendos, normalmente empresas menos maduras que estão em expansão.
O PGBL é uma alternativa de aplicação financeira direcionada principalmente para a aposentadoria. Sendo assim um instrumento de previdência privada. O plano funciona como um fundo de investimento comum, que aplica os recursos recebidos no mercado financeiro e credita todo os rendimentos auferidos para os investidores. O patrimônio acumulado pelo fundo é que irá garantir uma rende de aposentadoria de seus contribuintes. A carteira do PGBL pode ser formada por ações, títulos de renda fixa, cotas de fundos de investimento e imóveis. Não há uma garantia mínima de rendimentos para os investidores. Geralmente as carteiras são conservadoras, investindo grande parcela do patrimônio em títulos públicos, visando a proteção do patrimônio das turbulências do mercado. Além de uma gestão profissional, os planos PGBL oferecem diversos atrativos, como: • Benefício Fiscal. As contribuições periódicas podem ser deduzidas do cálculo do imposto de renda até o limite de 12% da renda bruta do investidor (deve fazer a declaração do imposto de renda pelo modelo completo). • Os rendimentos gerados pelas aplicações somente são tributados no momento de seu saque. Isso permite que se reaplique todo o rendimento apurado sobre o imposto de renda não recolhido • Facilidade na portabilidade. Se o investidor quiser trocar de gestor ou de fundo, que seja PGBL, ele pode. Ele pode trocar para fundos mais agressivos. Os tipos de benefícios oferecidos pelo PGBL são: • Renda Vitalícia • Renda Temporária • Renda Vitalícia com Prazo Mínimo O PGBL é tributado como um todo, ou seja, não só o rendimento, mas sim o investimento total. Por isso que deve ser feito a desoneração de 12% do imposto de renda a cada ano. O regime de tributação pode ser o progressivo ou o regressivo. No regime progressivo, o investidor será tributado pela mesma lógica do imposto de renda. Ou seja, a renda proveniente da previdência terá incidência das alíquotas de IR. Por exemplo, para um rendimento médio de R$ 2.000,00 não serão cobrados o IR. Ou seja, ele compensa para quem não tem um rendimento elevado. No regime regressivo, por sua vez, premia os investimentos de longa duração. Na prática, se você resgatar ou receber uma renda que estava aplicada durante 2 anos, terá uma incidência de 35% do resgate/renda. Por outro lado, se o dinheiro estiver aplicado durante 10 anos, a incidência do imposto é de 10%. Os PGBLs cobram duas taxas de seus aplicadores: taxa de carregamento e taxa de administração. A taxa de carregamento é cobrada sobre o valor de cada aplicação, podendo variar de fundo para fundo. A taxa de administração é cobrada sobre o valor total do patrimônio do fundo. Em resumo, o PGBL é adequado para pessoas que declaram o imposto pelo modelo completo e acreditam que a renda anual vai estar na faixa de isenção do IR ou que o dinheiro vai estar aplicado por pelo menos 10 anos.
Ao contrário do PGBL, o VGBL modalidade de previdência privada é indicada para pessoas que declaram o imposto de renda pelo modelo simplificado. O plano funciona como um fundo de investimento comum que aplica os recursos recebidos no mercado financeiro e credita todo os rendimentos auferidos para os investidores. O patrimônio acumulado pelo fundo garantirá a renda da aposentadoria de seus contribuintes. A carteira do VGBL pode ser formada por ações, títulos de renda fixa, cotas de fundos de investimento e imóveis. Não há uma garantia mínima de rendimentos para os investidores. Geralmente as carteiras são conservadoras, investindo grande parcela do patrimônio em títulos públicos, visando a proteção do patrimônio das turbulências do mercado. O regime de tributação pode ser o progressivo ou o regressivo. No regime progressivo, o investidor será tributado pela mesma lógica do imposto de renda. Ou seja, a renda proveniente da previdência terá incidência das alíquotas de IR. Por exemplo, para um rendimento médio de R$ 2.000,00 não serão cobrados o IR. Ou seja, ele compensa para quem não tem um rendimento elevado. No regime regressivo, por sua vez, premia os investimentos de longa duração. Na prática, se você resgatar ou receber uma renda que estava aplicada durante 2 anos, terá uma incidência de 35% do resgate/renda. Por outro lado, se o dinheiro estiver aplicado durante 10 anos, a incidência do imposto é de 10%. Pelo VGBL somente o rendimento é tributado. Ou seja, se você investiu R$ 100.000,00 e após 1 ano isso rendeu R$1.000,00, o valor a ser tributado será apena R$ 1.000,00, logo o rendimento de acordo com o saque. Se você opta por uma declaração simplificada e quer investir por mais de 10 anos e mais de 12% da sua renda bruta, o VGBL é uma ótima alternativa.
R
Ao operar investimentos no exterior, empresas e investidores estão sujeitos a diversos outros riscos (taxas de juros, crédito etc.), também ao risco cambial. O risco cambial é a variação do câmbio. Isso acarreta em uma tradicional preocupação do investidor, principalmente em países emergentes, onde sua moeda pode se desvalorizar fortemente frente a moedas fortes, como euro, dólar e iene. Se uma empresa brasileira contraiu dívidas em moeda forte, uma desvalorização do real pode acarretar em perdas financeiras. O fluxo de caixa é comprometido nessas situações, reduzindo a margem líquida da empresa e consequentemente o lucro da mesma. Há diversas maneiras de se proteger. Instrumentos como derivativos ou até construção de uma reserva em dólar protegem empresas e investidores nestas desvalorizações.
O risco de crédito é a possibilidade de um investidor não receber os valores (principal e juros) prometidos pelos títulos emitidos, ou seja, calote (default). Isso ocorre em títulos de crédito corporativo, onde empresas por alguma razão não consegue pagar suas dívidas. Empresas mais sólidas e em setores menos sensíveis ao mercado tem um risco de crédito menor, o que transparece em uma taxa menor paga em decorrência do empréstimo. Por outro lado, empresas com balanços menos sólidos e em setores mais sensíveis ao mercado tem uma taxa maior em decorrência do maior risco de crédito. Por isso créditos corporativos precisam ser bem analisados, pois podem ter um risco disfarçado. É comum acreditar que este ativo possua menos risco por não ter muita volatilidade (variação nos preços). Contudo estes carregam o risco de default que podem não transparecer nos preços. O desconhecimento deste risco pode acarretar em elevadas perdas ao investidor.
Comumente atribuída à insegurança jurídica, o risco legal representa um fator mais complexo e, consequentemente, mais difícil de apurar. O conjunto legal brasileiro, com foco nas leis trabalhistas e tributárias, é constante alvo de críticas principalmente por empresários. O argumento é que a complexidade das leis e a imprevisibilidade do judiciário geram incerteza para os negócios. Contudo, o risco legal vai além da insegurança jurídica. Ele reside também na falha da empresa em cumprir exigências regulatórias e ser alvo de processos por terem lesados uma terceira parte. Um caso claro foi o caso do rompimento da barragem em Brumadinho no qual a Vale foi condenada a pagar multas indenizatórias. O primeiro aspecto do risco legal é completamente dependente do Poder Legislativo e do Judiciário. Contudo, para segundo aspecto, existe hoje vertentes de análise que avaliam as empresas para além das demonstrações contábeis. É o caso do ESG (Environmental, Social and Governance), indicador de qualidade de empresas nos aspectos Ambiental, Social e de Governança, que avalia, além de outras coisas, o cumprimento da legislação no que tange o respeito ao meio ambiente, colaboradores e clientes, e seus acionistas.
O risco de liquidez está relacionado com a disponibilidade imediata de caixa em negociações. É muito comum pessoas anunciarem a venda de um imóvel ou título no mercado, porém não conseguem vender rapidamente ao preço que desejam. Em uma escala, na ponta com menos liquidez estariam imóveis e outros bens que não podem ser transformados em dinheiro com tanta facilidade. Na outra ponta, dos ativos com maior liquidez, estaria o dinheiro físico e a conta corrente. No mercado financeiro, a liquidez possui uma relação inversamente proporcional ao rendimento. Isto ocorre pois ambos os fatores (liquidez e rentabilidade) são desejados por todos os participantes do mercado. Desta forma, quando um indivíduo precisa que um bem sem liquidez passe a ter liquidez, este deverá pagar um preço, geralmente na forma de deságio. Um exemplo simples: uma pessoa que não possui dinheiro para arcar com suas despesas pessoais, mas possui um lote, ela será obrigada a vender o imóvel o mais rápido possível pois suas despesas são inadiáveis. Para mitigar esse tipo de risco, a criação da reserva de emergência e diversificação em diversas classes de ativos são imprescindíveis.
Comumente chamado de volatilidade, o risco de mercado é a oscilação de preços de um ativo no mercado. Apesar de ser atribuído apenas ao risco de perdas por oscilação negativa dos preços, o risco de mercado também atribui o risco de ganhar mais do que o esperado. Este risco está presente nas principais fórmulas utilizadas no mercado financeiro, ganhando notória evidencia na criação do modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model), modelo de precificação de ativos do mercado financeiro, em 1964. Neste modelo o risco de mercado é representado pelo ß (beta), que indica a exposição do ativo analisado ao risco de mercado.
Ao analisarmos uma empresa, devemos ter em mente os riscos que ela se expõe. Um dos mais preponderante é o risco aonde a operação está instalada. Cada país conta com um ambiente diferente para cada atividade. A infraestrutura, consistência jurídica, burocracia, finanças públicas atuação do governo são exemplos que alternam de um país para o outro. A medida que um país ele é mais arriscado devemos requerer um maior prêmio (retorno) ao investir nesse país. O risco país costuma ser mensurado pelo mercado através de pontuações divulgadas por empresas de rating. As agências de rating apresentam avaliações sobre o risco de diversos títulos. Uma maneira de se proteger do risco país é comprar o CDS (Credit Default Swaps). Ele é um swap de crédito que tem como objetivo ser um seguro contra possíveis inadimplências provenientes do país em questão.
S
Quais são os parâmetros que diferenciam a listagem das ações pelo seu valor de mercado? No geral, os investidores segmentam as empresas em: • Micro Caps (Valor de mercado de até R$ 3 bilhões. Ex. Sinquia) • Small Caps (Valor de mercado entre R$ 3 bilhões até R$ 7 bilhões. Ex. Arezzo) • Mid Caps (Valor de mercado entre R$ 7 bilhões até R$ 15 bilhões. Ex. Multiplan) • Large Caps (Valor de mercado acima de R$ 15 bilhões. Ex. Itaú, Raia Drogasil)
O termo spin-off é um mecanismo onde uma nova empresa é criada a partir de outra. Deixando parcialmente ou totalmente de fazer parte da “organização mãe”. Quando uma companhia enxerga um valor alto em uma operação do grupo, ela promove o desmembramento dessa operação para ter mais abertura em captar recursos a um custo mais baixo. Um exemplo foi a operação de seguros do Banco do Brasil (BBSA3), que virou BB Seguridade (BBSE3) e passou a ser negociada independentemente de sua organização mãe.
Tenho um título que me pega de acordo com a flutuação da Selic (pós-fixado). Porém acho que ela vai cair. Trago uma boa notícia, você pode realizar a troca do fluxo de pagamento via swap. Os swaps são acordos estabelecidos entre duas partes visando a uma troca de fluxos entre duas partes visando a uma troca de fluxos de caixa futuros por um certo período de tempo, obedecendo a uma metodologia de cálculo previamente definida. Tomando de exemplo um investidor 1 que deseja trocar o retorno do pós-fixado por algum título pré-fixado de 6% ao ano do investidor 2. Vamos supor que a variação da Selic foi 4% ao ano. Nesse caso o investidor 1 recebe 6% e o investidor 2 recebe 4%.
T
O tag along é um mecanismo que garante a todos os acionistas minoritários portadores de ações ordinárias (ON) um pagamento mínimo em relação ao valor pago aos controladores de uma sociedade em caso de mudança de controle acionário. Pela Lei nº 10.303/01, o direito de tag along obriga o controlador adquirente a realizar uma oferta de compra aos acionistas ordinários minoritários ao preço mínimo de 80% do valor pago por ação ao grupo controlador. O pagamento ao acionista minoritário é responsabilidade do adquirente do controle. A extensão desse direito aos acionistas preferenciais não é obrigatória por lei. Porém, o Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa recomenda que, na transferência de controle acionário, a oferta de aquisição deve ser dirigida a todos os sócios e nas mesmas condições oferecidas ao bloco de controle (acionistas controladores). O valor do tag along depende do nível de governança da empresa: As empresas inscritas no Novo Mercado, o tag along é de 100% ao preço oferecido aos controladores. As empresas listadas no nível 1 e do nível Tradicional, o tag along é de 80% para as ações ordinárias As empresas do nível 2 de governança corporativa, o tag along é de 100% para os acionistas ordinários e 80% para os acionistas minoritários. O tag along é um mecanismo de proteção para o investidor minoritário. Quanto melhor uma empresa adere as melhores práticas de governança corporativa mais seguro estes acionistas estão em mudanças de controle.
A taxa de administração é cobrada com base no patrimônio líquido do fundo. Ela é destinada para o pagamento dos serviços prestados pela administração do fundo e gestão da carteira. A taxa é fixada pela própria administradora do fundo e previsto em seu regulamento. Ela só pode ser alterada via Assembleia Geral dos Cotistas. A tendência é que os fundos diminuam suas taxas de administração. A taxa de administração acaba atrapalhando o rendimento, principalmente em fundos passivos, ou seja, que querem apenas seguir o seu índice referência, e acaba sendo menos trabalhoso por que querem apenas replicar a carteira do seu índice. Em fundos de Renda fixa referenciados, de curto prazo, a taxa de administração é algo que deve ser levado em conta na hora de investir.
A taxa de performance é cobrada com base no desempenho apresentado pela carteira do fundo em relação ao seu benchmark (índice de referência, pode ser o Ibovespa por exemplo). Normalmente a taxa de performance cobrada é de 20% do que exceder o índice. Por exemplo, se um fundo rendeu no mês 5% acima do seu índice referência, significa que a taxa de performance de 20% que incide no excedente de retorno é de 1%. Vale lembrar que o índice utilizado deve ser equiparado com a carteira. Um fundo de ações compara com o índice de ações, um fundo de renda fixa compara com a evolução do CDI. Essa prática alinha os interesses do investidor com a equipe de gestão. Uma relação ganha-ganha.
A taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira. Esta taxa é fixada pelo Banco Central, sendo a taxa referência do mercado financeiro. A SELIC é utilizada também para estabelecer o custo do dinheiro nas operações de mercado aberto com títulos públicos. Ela é admitida como a taxa de mais baixo risco no mercado financeiro nacional. Por orientação do Banco Central, a taxa SELIC é expressa em termos anuais, fixando o ano em 252 dias úteis.
Com objetivo de simplificar as operações de compra e venda de ativos, a bolsa de valores utiliza os Tickers. O Ticker é um código utilizado pela bolsa de valores para diferenciar os ativos negociados. A falta de conhecimento sobre os ticker pode induzir a compra de ativos errados para o portfólio. No Brasil, o ticker é composto por 4 letras e um número. Dessa forma há um padrão das nomenclaturas. As 4 letras são escolhidas pela a empresa e o número no final designa qual classe de ativo é. O número 1 representa o direito de subscrição das ações ordinárias; O número 2 diz respeito ao direito de subscrição das ações preferenciais Se o ticker terminar com 3 (VALE3) evidencia que é uma ação ordinária; O número 4 (PETR4) mostra que é uma ação preferencial; Os números 5, 6, 7, 8, é uma ação preferencial das classes A, B, C e D, respectivamente; O número 9 representa uma subscrição de ação ordinária; O número 10 é atrelado a uma subscrição de uma ação preferencial; O número 11 envolve Fundos Imobiliários, Units, ETF e as BDRs.
Assim como uma empresa, o governo brasileiro pode emitir seus títulos de dívidas. Eles apresentam dois principais objetivos: O primeiro é financiar os défcits orçamentários do Governo e em segundo plano serve como instrumento de política monetária. Ao vender títulos públicos no mercado, o Banco Central retira dinheiro de circulação, reduzindo a liquidez da economia. Na recompra desses títulos o efeito é inverso. Os títulos públicos são títulos de renda fixa e é uma alternativa mais conservadora, oferecendo menor risco, por que tem como garantia o Tesouro Nacional. A remuneração dos títulos públicos praticadas são: pré-fixados (Tesouro Prefixado ou LTN) , pré-fixados com cupom (Tesouro Prefixado com cupom ou NTN-F), pós-fixado atrelado ao IPCA (Tesouro IPCA ou NTN-B) e pós-fixado atrelado a SELIC (Tesouro Selic ou LFT). Os títulos públicos não são isentos do imposto de renda. Para resgates dentro do período de 30 dias há incidência de IOF.
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O preço justo de uma empresa é extraído do método Valuation via fluxo de caixa descontado. De uma maneira bem breve, o método segue o seguinte raciocínio: Ela equivale a projeção do fluxo de caixa descontado a valor presente pelo custo de capital da empresa. Descontando-se do valor da empresa todas as dívidas, perante a terceiros chega-se ao valor de seu patrimônio líquido projetado. Dividindo o valor do patrimônio líquido projetado pelo número total de ações, apura-se o preço justo de cada ação. Para decisões de investimento devemos encontrar empresas que valem mais do que estão sendo negociadas hoje. A partir do método de fluxo de caixa descontado, o investidor pode alcançar o valor justo de uma companhia e tomar uma decisão mais fundamentada.
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